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terça-feira, 15 de abril de 2014

Nova abordagem ao pós-treino

Egg white and spinach omelet on a white plate - stock photo 
Bons dias. Hoje decidi recuperar uma abordagem que eu já tinha tentado no passado à refeição de pós-treino, com base nas opiniões e conselhos deste artigo, do qual gostei bastante na altura e continuo a achar interessante e sendo que de lá retiro sempre algo de novo {http://chadwaterbury.com/the-truth-about-post-workout-nutrition/} 
Resumidamente, a teoria é de que -no caso de se querer também perder massa gorda ENQUANTO se constrói magra - não se deve nutrir o corpo de nenhuma forma (nem mesmo só proteína) na primeira meia hora após o treino, contrariamente ao que é comummente recomendado...
Aparentemente, após o treino há uma libertação dos ácidos gordos para a corrente sanguínea, processo esse que é demorado, pelo que se dermos qualquer tipo de alimento ao corpo logo a seguir ao dito (treino), esses mesmos ácidos são reabsorvidos pelo organismo ao invés de serem queimados...
O instrutor em causa recomenda que se faça então a proteína de rápida absorção ao final de 30 min. a uma hora apenas, de resto como eu já fazia, com a diferença de que em vez de acompanhar essa proteína com açúcares também de rápida absorção, agora limito-me a consumir apenas proteína pura.
No caso a recomendação vai para o clássico soro de leite / whey isolado e de boa qualidade. Como no caso, e recordando, o blogue refere-se a uma pessoa que está desempregada, recorri aos bons e velhos ovos, no caso só as claras / albumina (proteína também de rápida absorção e alto valor biológico): limitei-me a separá-las das gemas directamente para a frigideira (sem gordura!) e adicionei apenas um pouco de sal grosso iodado, pimenta e ervas (ou seja: temperos), e fritei (não se preocupem que as gemas serão incorporadas a outras refeições ao longo do dia :))

Após uma hora voltei a consumir uma fonte de proteína também sem açúcares, conforme também o recomendado pelo artigo - no caso recorri a um iogurte natural, o qual contém 7 gr. totais de açúcares (ah sim meus queridos, como vêem há açúcares escondidos em todo o lado, mesmo onde menos se julga haver!). Julgo (ainda assim) não fazer grande mossa, mesmo porque segundo o que li em tempos o mínimo são cerca de 30 gr. de açúcares de rápida absorção no pós-treino, e ao menos foi ao final de 1 hora. Seja como fôr é ao que tenho acesso, pelo que faço o melhor que posso e sei com o que tenho.
Felizmente não sinto fome ainda, e faço tensões de finalmente consumir então a minha primeira refeição completa em 1 hora também. Pelo que a partir de agora acabaram-se as guloseimas de pós-treino (ou no geral, 'for that matter' :( ;)) Como no caso preciso de reduzir efectivamente o meu percentual de massa gorda (para lá do facto de ganho da magra), vou então tentar esta abordagem por uns tempos a ver no que dá.

Para vos ser sincera, a abordagem parece-me fazer algum sentido: se pensarmos bem nisso, não sei se fará muito sentido ir a correr nutrir o corpo - a menos que nos sintamos com fome de facto, atenção!, mesmo porque a abordagem mais simples a tudo é, na minha opinião: ouvir o corpo, sempre - só porque se esteve a cansar os músculos num treino. No passado duvido que alguém fosse a correr consumir whey com dextrose no final de uma actividade exigente, mesmo porque tais 'coisas' não existiam, para começo... :) Certo que também ninguém realizava treinos específicos concentrados no tempo e desgastantes, que é por isso que actividades 'artificiais' hoje em dia exigem de alguma forma dietas 'forçadas'...

Seja como fôr, o próprio artigo distingue muito bem duas situações: treino normal para manutenção / ganhos de massa, de treino de endurance. Ou seja, para treinos muito exigentes e prolongados a nível aeróbico, e onde se calhar as pessoas em causa já nem têm mesmo grande gordura basal para começar, naturalmente que as exigências serão outras, e concerteza que elas próprias sentirão isso mesmo nos sinais do corpo.
Agora no caso de 'atletas' que simplesmente treinam para melhorar ou manter a sua (boa) forma física, mais no sentido de força e tónus, tal simplesmente não é aplicável.
 Concluindo: a ideia é, portanto, obrigar o corpo a queimar esses ácidos gordos até que volte a ser alimentado convenientemente, pois só assim efectivamente se conseguirá queimar gordura basal teimosa que para ali anda e teme em nunca ir para lado nenhum - por motivos óbvios, parece-nos agora a todos, certo? :) ... Isto não significará nenhum catabolismo, algo que também sempre me fez alguma confusão:    
Ora se treinamos precisamente para dar um estímulo anaeróbico (destruição das fibras musculares pela falta de oxigénio e stress a que as mesmas estão sujeitas...) aos músculos, que sentido tem irmos a correr, e novamente, nutrir o corpo mal termine o mesmo? Se não dermos tempo ao corpo de actuar nesse sentido e já estivermos a alimentá-lo novamente e de forma forçada, como é que o nosso corpo pode perceber que esteve a ser desgastado, a receber estímulos, e logo, ajustar-se aos treinos para poder recuperar e crescer mais forte e sem (gorduras) extras...? Para além de que temos um dia inteiro de refeições, pelo que se pensarmos bem não faz muito sentido achar-se que só aquela é fulcral e que as outras todas são secundárias (e apenas para alimentar) caso não se cumpra o ritual de pós-treino conforme o figurino...

Partilho convosco estas questões e opiniões / pensamentos meus pois muito embora seja importante ler-se e andar-se informado nestas matérias da parte de quem as estudou melhor que nós, também há que saber ouvir a nossa própria opinião e razão / raciocínio sobre o assunto. Ou seja, no fundo o que quero dizer é que também há que saber seguir a nossa intuição e lá está, acima de tudo experimentar a ver o que funciona melhor com cada um de nós, pois não somos todos iguais (nem os objectivos são todos os mesmos!), logo, como é que uma única teoria pode caber a toda a gente, certo...?

Para além de que não há só uma abordagem ao Treino e Nutrição Desportiva. Há 'n'. Logo, porque é que haveríamos todos de seguir apenas uma (mesma)? 
Há que pôr a cabeça a trabalhar (e não só o corpo :)) e não confiar apenas numa única teoria só porque é a maioritária ou mais consensual, e isto serve para todas as áreas da vida...

Pelo que de ora em diante irei seguir esta abordagem, e com o tempo vos darei retorno de como ela estará a funcionar (ou não, mas creio que vai!) comigo :)
 
bright flamy symbol on the black background - stock photo





 
 

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